quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bolsonaro e seus "fiéis seguidores"

Quarenta e sete anos depois do fatídico dia 31 de março de 1964, um legítimo “filhote de ditadura”, resolve ressuscitar o caráter conservador do golpe militar. Como se não bastasse o seu preconceito e ausência total de alteridade ele ainda é Deputado Federal.

Após a “revolução” que derrubou o governo do Presidente João Goulart e deu início ao um dos períodos mais nebulosos da nossa história, sou obrigado a retomar o assunto por conta das declarações de seguidores de “um certo” Deputado Federal, eleito pelo PP do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro.

Tentei por muitas vezes evitar postar um texto com o nome desse senhor, a fim de evitar mais popularidade em torno desse fascista. Imaginei que seria melhor esquecê-lo. Porém, minha intenção em ignorá-lo foi desfeita ao ouvir, exatamente, eu disse ouvir, uma frase a caminho do trabalho. “Gay tem que morrer”

Esse pensamento bolsonariano nos faz rever conceitos de natureza humana e estado democrático de direito. Vivendo sobre essa bandeira o homem tem o direito de fazer suas escolhas profissionais, pessoais e comportamentais de acordo com a sua formação e identidade cultural. Ciente desse contexto, a lei que proíbe e pune atitudes homo fóbicas, embora já aprovada pelo congresso nacional, precisa ser revista e se possível modificada para oferecer aos infratores penas mais duras e severas.

Em pleno Século XXI, após anos de luta pela liberdade e democracia, comentários com esse teor, racistas e preconceituosos nos fazem recordar "os anos de ouro" de ascensão e queda do Terceiro Reich, como citado no primeiro parágrafo, o moralismo em torno dos anos de chumbo brasileiro e por fim a recente onda de ataques envolvendo cidadãos nos arredores da Avenida Paulista e região. Vale lembrar: esse fato, ocorrido no ano passado, ainda não foi julgado e provavelmente os agressores encontram-se em alguma estação de metro, bares ou danceterias a procura de novas vitimas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Virando a página

A sétima edição da Virada Cultural, realizada nesse último final de semana, movimentou o centro de São Paulo com atrações para todos os gostos e públicos.
Mais uma vez, no que diz respeito à infra-estrutura, assim como em anos anteriores, o evento deixou a desejar.

A quantidade de banheiros públicos foi insuficiente, em algumas ruas do centro antigo como XV de Novembro e Barão de Itapetininga o cheiro de urina era o “tempero adicional da noitada cultural”. Mesmo com a proibição, ambulantes circulavam livremente comercializando vinho e cerveja em lata sobre os olhares atentos dos homens da Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar.

As apresentações musicais escolhidas respeitaram todos os estilos e públicos. Desde Renato Teixeira a Sepultura, passando por Paulinho da Viola e Rita Lee, quem se locomoveu até o centro ou preferiu a programação das unidades do SESC, pode aproveitar até às 18 horas de domingo todo o repertório de peças teatrais, shows e exibição nos mais variados modelos.

Olinda, Terra do frevo baião e xaxado

Com uma mistura de maracatu, frevo, baião, xaxado e alguns elementos do rock, a Orquestra Contemporânea de Olinda subiu ao palco do SESC Consolação, às três horas da madrugada de domingo e mostrou todo o seu repertório variado de estilos regionais.
O público presente não deixou por menos, dançou e cantou junto com os músicos até ao fim da apresentação. Os rapazes pernambucanos aproveitaram o término do Show para exaltar o animo da platéia e despejaram todo o seu rico repertório musical, que vai desde Dodô e Osmar passa pelo baião de Luiz Gonzaga e termina com o tradicional frevo.

domingo, 17 de abril de 2011

Desarmem-se!

Mais um ato de insanidade cometido por um ex-aluno de uma escola estadual no Rio de Janeiro, no qual doze jovens pré-adolescentes foram ceifados da vida, traz de volta o debate sobre uma legislação mais rígida no que diz respeito a manutenção de armas de fogo em poder do cidadão comum.

Homicídios cometidos por pessoas comuns, sem antecedentes criminais e sem envolvimento com a criminalidade, tornou-se para o poder público um dos maiores desafios deste novo milênio. Os números destacados no cotidiano dos grandes veículos de imprensa nos mostram que se trata de uma grande guerra, que para vence - lá, é necessário um esforço conjunto de todo o corpo social.

Segue abaixo alguns conselhos enumerados por este jovem blogueiro para as pessoas que ainda mantém uma arma de fogo em seu poder e desta forma sentem-se seguras para defender sua família e o seu patrimônio

1) Uma arma de fogo mau manuseada pode causar uma tragédia familiar.

2) Entre na delegacia mais próxima e entregue a sua arma para autoridade local, pois se for surpreendido com um revólver de origem desconhecida sofrerá as penalidades previstas em lei, sem direito a fiança.

3) Nas situações em que os limites da paciência humana forem colocados a prova, ter uma arma em seu poder não lhe trará vantagens. De certo uma discussão de trânsito, uma desavença com um vizinho ou uma briga familiar poderá ter um desfecho trágico.

4) Se você tem filhos não é prudente manter uma arma em seu poder. Como sabemos não é possível estar atento de forma integral ao movimento dos pequenos e a curiosidade infantil.

5) Os únicos habilitados à manter uma arma de fogo são os policiais militares e civis, segurança particulares devidamente treinados e registrados e as forças armadas.

6) Por último, todos esses argumentos podem soar como; opinião batida e repetitiva - concordo, porém eles vêem sido veiculados de forma sistemática há muitos anos e mesmo assim as taxas de homicídios tanto culposo como doloso continuam crescendo. Crimes cometidos por pessoas que não tem o viés criminoso, e dessa forma insistem em ter uma arma, mesmo que isto lhe custe a própria vida ou de um ente querido.